Katherine's POV
Acordei sábado, por volta das
cinco da tarde, ainda estava levemente de ressaca, afinal, Justin havia me
trago, e por incrível que pareça, não ficamos. Ele apenas alugou Por trás das
Sombras e Sem Saída e tomamos algumas bebidas. Nada demais, e também, não
poderia ser uma coisa tão grandiosa de imediato, tinha que fazer parte por
parte, não poderia ser fácil demais, afinal, homens gostam é de mulheres
difíceis, que tem que se conquistar, não uma bobinha que se entrega no primeiro
sorriso.
Prendi meus cabelos num rabo de
cavalo que se desfez em dois segundos, dei de ombros e joguei o amarrador no
chão, minha cabeça ainda doía um pouco, mas eu tinha de melhorar, pois Justin
havia me dito de uma balada que iria esta noite, e me convidou a ir. De pronto,
neguei, mas uma surpresa boa é sempre bem vinda, não? Decidida a melhorar,
despi-me e tomei um banho morno, deixando a água escorrer principalmente pelas
partes do meu corpo que mais doíam e latejavam. Peguei uma toalha, e envolta ao
meu corpo, caminhei até meu closet, e, se ontem não era dia de se produzir por
completo, hoje com certeza era O dia. Deixei meu cabelo solto, mas levemente
bagunçado e coloquei uma saia de couro, uma camiseta de oncinha, e um blazer
azul, acompanhado de um salto preto. Estava definitivamente pronta.
Saí de casa eram quase oito horas,
o que era até um horário bom, peguei o elevador junto de uma garotinha nerd que
me odiava desde o primeiro dia que pisei naquele prédio. Intrometida e metida a
sabichona, coisa que eu odeio. Quando as portas abriram-se, corri para sair de
imediato, cumprimentando o porteiro, e já entrando em minha Land Rover, que já
estava de frente a porta. Sorri agradecendo o manobrista e segui para a boate
que Justin havia me dito. Era uma casa noturna disputadíssima, e seus ingressos
tinham de ser adquiridos com semanas de antecedência, e bem, eu não tinha
nenhum, mas eu tinha uma coisa muito mais poderosa do que um simples ingresso,
eu tinha em minhas mãos, a arma da sedução.
Após cerca de meia hora dirigindo, eu pude ver
os lasers e as luzes, assim como a música, a uma distância pequena. A fila dava
voltas e voltas, mas o que ninguém sabia, que quem é VIP de fato, entra por
outra porta, não muito conhecida por todos. Dei a volta e entreguei o carro ao
manobrista do local, enquanto entrava na fila, que por sinal havia apenas mais
duas pessoas na minha frente, que passaram até que bastante rápido.
Finalmente era minha vez, o
segurança bombadão e de olhos tão escuros quanto seu cabelo me fitava sério.
Engoli em seco e respirei fundo, tinha que ser agora ou nunca.
- Ingressos mocinha – disse ele,
com sua voz grave, e seu olhar severo. Mordi o lábio inferior.
- Será que você não seria bonzinho
em me dar unzinho não? – falei com manha e o segurança me fitou de cima a
baixo, quase que convencido. – Se me der um, eu posso te recompensar! – dei um
beijo estalado perto de sua boca, o que o fez sorrir.
- Se-seria ótimo minha cara, mas
realmente não posso.
Revirei os olhos e bufei.
- Então chamarei o Justin, isso
mesmo, sou amiga do Justin Bieber e ele me convidou. Se não me deixar entrar,
farei um escândalo.
Imediamente vi os músculos do
maxilar do segurança se contraírem, e ele soltar uma risada sem graça.
- A casa é sua, hoje é totalmente
VIP.
Ri de leve e agradeci, entrando
vagarosamente na boate, onde pude ver uma cortina de seda separando a parte que
eu estava da pista. Onde eu estava haviam uns puffs enormes e coloridos
espalhados, e, alguns casais se comendo. Sim, é, era uma área para pessoas...
Safadinhas. Ri um pouco e peguei um drink, tomando-o com tudo, senti o álcool
queimar minha garganta, mas não me importei, e atravessei a cortina, podendo
ver mais claramente a pista, que estava razoavelmente preenchida. Mais a cima,
havia uma ala, onde ficavam os mais ricos e os DJs e atrações da noite, e
naquele monte, Justin, com mais duas garotas, uma ruiva e uma morena. Confesso
que me assustei um pouco, afinal, ele parecia extremamente tímido, e ver ele
naquele... Momento era estranho, mas acabei dando de ombros, e dançando no meio
da pista. Rapidamente, me cercaram por todos os lados, e então, numa fração de
segundos, todos estavam dançando conforme eu fazia. E de repente, em meio de
toda essa bagunça, Justin finalmente percebeu minha presença e largou as duas
mulheres, quase que correndo em minha direção. Ri, fingindo que não havia visto
nada, mas então, do meio de todos, o loiro surge, empurrando a todos, e puxando
seu corpo ao meu.
Dançávamos numa sincronia
incrível, e Justin parecia levar muito jeito para a coisa. Com nossos corpos
colados, me deixou de costas pra ele, tendo a oportunidade de passar a mão
desde a minha coxa, até minha bunda. Virei imediatamente, fazendo um sinal de
reprovação. Ele riu, e, num momento de distração, o virei pra mim, deixando minha
boca a centímetros da dele, mas quando avançou, desviei. Ele ficou maluco.
Perfeito.
Saí da pista de dança e fui até o
bar, pedindo um martini, enquanto meu corpo balançava ao som da música. Não
muito tempo depois, senti uma mão morna pousar em meu ombro, e uma boca úmida
tocar meu pescoço. E aquele perfume... Eu não o confundiria nem em mil anos.
Fui virando meu corpo devagar, até ver Justin sorrindo.
- O que pensa que tá fazendo? –
coloquei minha mão sobre o local que beijara.
- Eu... Eu... – tentou argumentar.
- Tudo bem – eu ri, pegando o
martini que havia acabado de ser posto sobre o balcão. – Servido?
- Você é sexy – disse, me
ignorando completamente. – Você é quente.
- Tenho que ser alguma hora – ri.
- Desde o momento que coloquei os
olhos em você, soube que era sexy – ele riu.
- O que dizer, não é verdade? – ri
– Vou dançar.
Antes que Justin pudesse dizer
algo, corri pra pista, onde um moreno de olhos verdes me puxou para um beijo.
Não hesitei, e o deixei ainda mais quente, apenas pra provocar Justin, que por
sinal, estava nos encarando, o que só me fez aprofundar mais o beijo, mas
então, senti uma mão me puxar para trás.
- O que tá fazendo? – Justin perguntou
me encarando.
- Ué, não sabe? Quando duas
pessoas sentem atração e podem, elas...
- Você me entendeu! – disse ele,
me interrompendo. – Vem comigo.
Preferi não dizer nada, apenas
deixei-me ser guiada pelo loirinho cabeça quente, que quase me jogou para
dentro de um puff. Ri um pouco e ele deitou-se sobre mim, dando um chupão no
meu pescoço.
- Hoje você vai aprender como é um
homem de verdade.
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