domingo, 7 de outubro de 2012

Capítlo II - Homem de Verdade


Katherine's POV 

Acordei sábado, por volta das cinco da tarde, ainda estava levemente de ressaca, afinal, Justin havia me trago, e por incrível que pareça, não ficamos. Ele apenas alugou Por trás das Sombras e Sem Saída e tomamos algumas bebidas. Nada demais, e também, não poderia ser uma coisa tão grandiosa de imediato, tinha que fazer parte por parte, não poderia ser fácil demais, afinal, homens gostam é de mulheres difíceis, que tem que se conquistar, não uma bobinha que se entrega no primeiro sorriso.
Prendi meus cabelos num rabo de cavalo que se desfez em dois segundos, dei de ombros e joguei o amarrador no chão, minha cabeça ainda doía um pouco, mas eu tinha de melhorar, pois Justin havia me dito de uma balada que iria esta noite, e me convidou a ir. De pronto, neguei, mas uma surpresa boa é sempre bem vinda, não? Decidida a melhorar, despi-me e tomei um banho morno, deixando a água escorrer principalmente pelas partes do meu corpo que mais doíam e latejavam. Peguei uma toalha, e envolta ao meu corpo, caminhei até meu closet, e, se ontem não era dia de se produzir por completo, hoje com certeza era O dia. Deixei meu cabelo solto, mas levemente bagunçado e coloquei uma saia de couro, uma camiseta de oncinha, e um blazer azul, acompanhado de um salto preto. Estava definitivamente pronta.
Saí de casa eram quase oito horas, o que era até um horário bom, peguei o elevador junto de uma garotinha nerd que me odiava desde o primeiro dia que pisei naquele prédio. Intrometida e metida a sabichona, coisa que eu odeio. Quando as portas abriram-se, corri para sair de imediato, cumprimentando o porteiro, e já entrando em minha Land Rover, que já estava de frente a porta. Sorri agradecendo o manobrista e segui para a boate que Justin havia me dito. Era uma casa noturna disputadíssima, e seus ingressos tinham de ser adquiridos com semanas de antecedência, e bem, eu não tinha nenhum, mas eu tinha uma coisa muito mais poderosa do que um simples ingresso, eu tinha em minhas mãos, a arma da sedução.
 Após cerca de meia hora dirigindo, eu pude ver os lasers e as luzes, assim como a música, a uma distância pequena. A fila dava voltas e voltas, mas o que ninguém sabia, que quem é VIP de fato, entra por outra porta, não muito conhecida por todos. Dei a volta e entreguei o carro ao manobrista do local, enquanto entrava na fila, que por sinal havia apenas mais duas pessoas na minha frente, que passaram até que bastante rápido.
Finalmente era minha vez, o segurança bombadão e de olhos tão escuros quanto seu cabelo me fitava sério. Engoli em seco e respirei fundo, tinha que ser agora ou nunca.
- Ingressos mocinha – disse ele, com sua voz grave, e seu olhar severo. Mordi o lábio inferior.
- Será que você não seria bonzinho em me dar unzinho não? – falei com manha e o segurança me fitou de cima a baixo, quase que convencido. – Se me der um, eu posso te recompensar! – dei um beijo estalado perto de sua boca, o que o fez sorrir.
- Se-seria ótimo minha cara, mas realmente não posso.
Revirei os olhos e bufei.
- Então chamarei o Justin, isso mesmo, sou amiga do Justin Bieber e ele me convidou. Se não me deixar entrar, farei um escândalo.
Imediamente vi os músculos do maxilar do segurança se contraírem, e ele soltar uma risada sem graça.
- A casa é sua, hoje é totalmente VIP.
Ri de leve e agradeci, entrando vagarosamente na boate, onde pude ver uma cortina de seda separando a parte que eu estava da pista. Onde eu estava haviam uns puffs enormes e coloridos espalhados, e, alguns casais se comendo. Sim, é, era uma área para pessoas... Safadinhas. Ri um pouco e peguei um drink, tomando-o com tudo, senti o álcool queimar minha garganta, mas não me importei, e atravessei a cortina, podendo ver mais claramente a pista, que estava razoavelmente preenchida. Mais a cima, havia uma ala, onde ficavam os mais ricos e os DJs e atrações da noite, e naquele monte, Justin, com mais duas garotas, uma ruiva e uma morena. Confesso que me assustei um pouco, afinal, ele parecia extremamente tímido, e ver ele naquele... Momento era estranho, mas acabei dando de ombros, e dançando no meio da pista. Rapidamente, me cercaram por todos os lados, e então, numa fração de segundos, todos estavam dançando conforme eu fazia. E de repente, em meio de toda essa bagunça, Justin finalmente percebeu minha presença e largou as duas mulheres, quase que correndo em minha direção. Ri, fingindo que não havia visto nada, mas então, do meio de todos, o loiro surge, empurrando a todos, e puxando seu corpo ao meu.
Dançávamos numa sincronia incrível, e Justin parecia levar muito jeito para a coisa. Com nossos corpos colados, me deixou de costas pra ele, tendo a oportunidade de passar a mão desde a minha coxa, até minha bunda. Virei imediatamente, fazendo um sinal de reprovação. Ele riu, e, num momento de distração, o virei pra mim, deixando minha boca a centímetros da dele, mas quando avançou, desviei. Ele ficou maluco.
Perfeito.
Saí da pista de dança e fui até o bar, pedindo um martini, enquanto meu corpo balançava ao som da música. Não muito tempo depois, senti uma mão morna pousar em meu ombro, e uma boca úmida tocar meu pescoço. E aquele perfume... Eu não o confundiria nem em mil anos. Fui virando meu corpo devagar, até ver Justin sorrindo.
- O que pensa que tá fazendo? – coloquei minha mão sobre o local que beijara.
- Eu... Eu... – tentou argumentar.
- Tudo bem – eu ri, pegando o martini que havia acabado de ser posto sobre o balcão. – Servido?
- Você é sexy – disse, me ignorando completamente. – Você é quente.
- Tenho que ser alguma hora – ri.
- Desde o momento que coloquei os olhos em você, soube que era sexy – ele riu.
- O que dizer, não é verdade? – ri – Vou dançar.
Antes que Justin pudesse dizer algo, corri pra pista, onde um moreno de olhos verdes me puxou para um beijo. Não hesitei, e o deixei ainda mais quente, apenas pra provocar Justin, que por sinal, estava nos encarando, o que só me fez aprofundar mais o beijo, mas então, senti uma mão me puxar para trás.
- O que tá fazendo? – Justin perguntou me encarando.
- Ué, não sabe? Quando duas pessoas sentem atração e podem, elas...
- Você me entendeu! – disse ele, me interrompendo. – Vem comigo.
Preferi não dizer nada, apenas deixei-me ser guiada pelo loirinho cabeça quente, que quase me jogou para dentro de um puff. Ri um pouco e ele deitou-se sobre mim, dando um chupão no meu pescoço.
- Hoje você vai aprender como é um homem de verdade.

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