Acendeu então o isqueiro,
deixando-o cair sob seu sobretudo sujo de sangue, e o corpo daquele pobre e
infeliz rapaz que metera-se em sua vida. Não era feio, era até bastante
atraente, mas foi intrometido a ponto de pedir sua própria morte, e mesmo
implorando por misericórdia, aquela garota de cabelos caramelados não teve dó,
e matou o simples motorista com um tiro na cabeça. E dali pra frente, era a
parte fácil, pegar todo o dinheiro que haviam lhe prometido, e mudar de nome e
de país. Era a quarta vez que fazia isso, e a cada assassinato, o fazia com
mais maestria.
Seu novo destino era o Canadá,
afinal, como era considerada a melhor assassina de aluguel, seus trabalhos eram
cogitados sempre, e em todos os lugares do mundo. É como Edgar
Allan Poe diz: Toda
religião simplesmente desenvolveu-se com base no medo, ganância, imaginação e
poesia. E então, ninguém está isento de ganância e ambições, o homem é o mais
cego dos animais, a ponto de matar, pra conseguir status e bens materiais.
Não havia mudado apenas de
endereço, agora, seus cabelos louros eram de um tom tão escuro quanto o breu, e
sua pele extremamente branca destacou ainda mais seus olhos azuis e sua boca
vermelho-sangue. Parecia três vezes mais sensual e... Fatal. Dessa vez, era pra
valer. Terminou de se vestir, e foi até o Central Park, atrás de William
McEray, seu novo cliente, mas é claro que não iriam tratar de negócios ali,
seria antiético e nada profissional. Assim que o viu, o ruivo de olhos verdes
como esmeralda a puxou pela cintura, guiando-a até o seu novo porshe preto. O
caminho até o apartamento de William foi silencioso, e a garota observava
atenta a todos os detalhes em volta. Cada mísero detalhe poderia lhe ajudar em
seu novo caso.
O ruivo parou seu carro de frente
a um conjunto de prédios luxuosos, o que deixou Katherine levemente surpresa.
Ele com certeza pagaria bem, bem mesmo. Os dois adentraram por um corredor, com
adornos de bronze, prata e até ouro, até chegarem ao apartamento de número
dezesseis.
- Sente-se, vou pegar vodka.
Assim que o ruivo saiu de perto, a
garota tirou o sobretudo, deixando a mostra sua roupa provocante. Usava um
shorts jeans curto, uma camiseta de ombro só azul, e um salto de mesma cor.
Quando William voltou com a bebida, ficou meio pasmo ao ver o quão sexy aquela
garota era, mas deu de ombros e pegou uma pasta na cor verde, que estava em
cima de uma mesa de centro.
- Katherine White, 20 anos,
estadunidense, sedutora e assassina, estou certo? – leu, jogando a pasta
posteriormente no chão. – Eu quero que seduza, case-se e faça meu sócio passar
todos os bens dele pra você, e depois – ele riu – simplesmente o mate.
- Só isso? – sorriu satisfeita,
pegando um copo de vodka e dando um gole fundo.
- Quero encontros quentes contigo
a cada duas semanas, feito?
- Mil dólares por encontro, e
quando matar esse otário, quero vinte milhões em minhas mãos.
- Tudo certo, mas precisamos de um
encontro quente agora.
Katherine sorriu maliciosa e
deixou o copo de lado, chegando cada vez mais perto do ruivo, que foi se
animando cada vez mais. A garota riu pelo nariz e sentou-se no colo de William,
tirando-lhe a camiseta de uma vez só, e dando um beijo no pescoço do mesmo,
acompanhado de algumas mordidinhas. Suas unhas por sua vez, correram por todo o
tronco e pescoço do novo sócio o que o fez ficar animado.
- Aqui não é lugar para uma dama
como você.
E então, sem deixar Katherine
dizer algo, a pegou no colo, a jogando na cama. William tirou a camiseta da
garota como se estivesse desembalando uma bala e então a jogou no chão,
deixando suas mãos fazerem o trabalho por si só, enquanto a garota fingia estar
gostando daquilo. Na verdade, ela tinha nojo, sempre teve nojo disso, mas fazer
o que, ganhava dinheiro fácil assim, teria de aguentar. Ou não.
- Preciso sair agora, me dá 400
dólares agora e depois a gente continua isso ou... Sei lá – a garota deu de
ombros – Vou ver o que faço sobre o Bieber, quanto antes melhor, não acha? –
piscou pegando sua camiseta e a vestindo. – Eu sei o caminho, não precisa me
levar.
- Ah, ok então – William levantou-se
desnorteado e tirou 400 dólares, dando de mal grado para a garota. – Quero notícias.
[...]
Dentro de um all star de couro
preto, um shorts jeans curtíssimo, uma camiseta preta do Ramones e uma camisa
xadrez azul, com os cabelos penteados num rabo de cavalo firme, a garota saiu
de seu apartamento, rumando para o Central Park, dessa vez, para uma festa
infantil, e para botar em prática o seu plano de seduzir Bieber.
Assim que entrou no elevador, o
pequeno Dave, parou para encarar a mulher a sua frente, quase que de boca
aberta. Katherine riu e o pegou no colo, dando um beijo em sua bochecha.
- Sua mãe sabe que está saindo
sozinho? Hein? Tá indo pra onde? Pro playground?
- É... Aham! - ele sorriu – Mas mamãe não sabe que to aqui
– baixou a cabecinha.
- Então vai ser nosso segredinho –
ela riu. – Tenho que ir, se divirta.
A porta do elevador então se
abriu, e o garotinho de cabelos loiros saiu correndo pelo corredor, rumando ao
playground. Katherine riu um pouco sozinha e seguiu seu caminho, cumprimentando
de aceno, o porteiro. Não iria pro parque de carro, queria ver até onde chegaria
hoje com Bieber. Tinha que analisa-lo com calma, então preferiu seguir andando
até o local, já que era a apenas duas ruas dali.
Assim que chegou na festa, olhou
em volta e logo localizou o garoto, que estava sentado sozinho num banco de
madeira. Sozinho não, na verdade, rodeado de garotas, mas ele não dava atenção
de fato pra nenhuma. Por céus, será que ele é gay? Katherine preferiu dar de
ombros e caminhou até o motivo da festa, uma menininha de apenas seis anos,
vestida de Branca de Neve.
- Anne minha linda, que saudade! –
sorriu – Como você está linda! – girou a garota para ver sua roupa por
completo.
- Kath! Kath! – a garota riu de
leve. – Vem cá, deixa eu te mostrar meus presentes!
Anne pegou na mão de Katherine e a
guiou até um baú enorme, cheio de presentes, que iam desde roupas, até
brinquedos. Não estava nos planos, mas foi até mais fácil para a garota,
afinal, o baú ficava ao lado de onde Bieber estava.
-Kath, agora tenho que ir, a gente
brinca mais tarde tá?
E antes que pudesse dizer algo, a
pequena saiu correndo na frente.
- Ela é linda né? – Justin disse,
puxando assunto.
- Um amor – Katherine sorriu.
- Senta aqui comigo, tem espaço –
ele sorriu. Katherine fitou a mesa e mordeu o lábio, vendo todos os lugares
ocupados.
- Tem? – riu. – Não quero
atrapalhar.
- É... Acho que não tem, mas vamos
dar uma volta então ele riu, só vou pegar umas coisas e a gente dá uma volta.
Katherine assentiu, fingindo estar
despreocupada e saiu andando vagarosamente, dando a oportunidade a William a
pegar com força.
- Eu quero terminar o que
começamos. Vamos agora!
- Não! Me larga, eu não quero! –
Katherine disse brava.
- Não quero saber, vamos.
- VOCÊ TÁ ME MACHUCANDO! ME LARGA!
– gritou irritada.
- William, larga ela agora! –
Justin disse, acertando o ruivo com um soco. – Vem, vamos dar uma volta – pegou
suavemente Katherine pelo braço, visivelmente preocupado.
- Obrigada, de verdade – sorriu,
quando já estava longe de William. – Mas eu quero ir pra casa agora...
- Eu te levo então.
Katherine deu um sorrisão, era
tudo que ela precisava escutar naquele momento. Seria muito mais fácil seduzir
aquele otário, do que ela pensava. E poderia até, tirar uma casquinha, já que
seu corpo não era lá dos piores.
Awwn que linda! Parabéns vou divulgar!
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