quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Capítulo VI - Culpa.


Faltava pouco tempo para a hora do almoço quando Justin havia chego e ao que parecia, estava cansado e estressado, mas nada que uma massagem minha não resolvesse, mas eu sentia que aquele não era um momento muito propício para isso. Resolvi por fim apenas suspirar e acariciar o rosto de Justin, dando um raso sorriso.
– Reunião difícil? – perguntei, ficando de frente para ele.
– É – suspirou – Sei lá é muita coisa, muita pressão e ainda teve a Angeline...
– Ela é meio estranha né? – suspirei falsamente – Mas não vamos pensar nela, tá bem? Foco no trabalho – sorri.
– Ou em outra coisa.
Assim que terminou de falar, puxou-me com força, fazendo nossos corpos chocarem-se e me fazendo sorrir involuntariamente – o que não era um bom sinal – e me deu um selinho demorado, fazendo carinhos circulares em minha bochecha. Partimos o selinho e eu mordi seu queixo, sorrindo.
– Sério Justin, agora é foco. A Angeline cometeu um erro brutal nesses relatórios, eu estive analisando e, ou tem alguém te roubando, ou ela fez a conta errada, porque seus negócios diminuíram em 10%.
– Impossível, esse tem sido nosso melhor ano! – Justin disse pegando o relatório em questão.
– Então ela fez a conta errada – sorri de lado – Não acha melhor pedir pra ela refazer?
– Isso que eu vou fazer, agora mesmo.
– Mas faltam cinco minutos pro almoço!
– Isso é um assunto crítico Kath, precisa ser reavaliado agora. E, vem comigo, de lá, vamos almoçar em algum lugar.
Optei por não dizer nada, apenas peguei minha bolsa de mão e acompanhada de Justin, fomos até o elevador, onde o loiro apertou o número 9. Não fazia nada, apenas observava, ele parecia irritado, mas ao mesmo tempo tranquilo ou animado, era estranho, eu não conseguia desvendar o que ele estava pensando. A porta se abriu e Justin saiu de dentro do elevador com passos firmes, me puxando para junto de si.
Como era uma sala por andar, assim que chegamos, já estávamos dentro da sala de Angeline, que tomou um susto ao nos ver por ali, principalmente a ME ver.
– Algum problema Senhor Bieber? – perguntou ela, me encarando.
– Há um problema sim. Preciso que refaça esse relatório, há algo errado nisso aqui.
– Agora? Mas Senhor, eu preciso...
– Agora sim Angeline, preciso disso pronto o quanto antes. E bem, vou almoçar agora, nos vemos daqui a pouco.
E sem que deixasse Angeline completar uma resposta em sua mente, Justin me puxou novamente para o elevador, me encostando na parede e mordendo meu lábio, puxando-o pra trás.
– Aqui não né Jus...
– É meio difícil de me controlar quando estou contigo.
– Mas se controle – ri e apertei o térreo – Não acha que foi muito duro com a Angeline?
– Agora que disse, acho que sim... Eu sei lá... Quando voltarmos, acho que vou me desculpar com ela.
– Faz bem – sorri falsamente. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Mitchel, avisando que já estava praticamente fora do prédio, mas claro, sem Justin perceber. E assim que a porta se abriu, lá estava o loiro, me guiando para junto de si pelo grande saguão. Algumas pessoas me encaravam, não entendiam ao certo como com pouquíssimo tempo de empresa Justin e eu nos mantínhamos tão próximos, mas apenas fiz que nem Justin, fingi que não era comigo e segui para fora, fingi que não era comigo e segui para fora, onde seu famoso porshe roxo estava parado, o que me impressionou bastante.
– Sabe de uma coisa? Amo esse carro, chefinho – sorri maliciosa e entrei no carro.
– É um dos meus favoritos.
– Um dos? Que modesto.
– Poxa, não faz assim – fez biquinho.
– Eu gosto.
– Bom saber.
Então Justin me levou pra um lugar não muito longe, apenas a duas ruas mais tarde. Era um pequeno restaurante, nada de fast food ou coisa do tipo, era um lugar bem intimista, bacana por sinal, o qual emanava um cheiro realmente bom.
– Acho que vai gostar daqui. – foi tudo o que me disse, até sentarmos na melhor mesa do restaurante, de frente para uma vista bonitinha, um lago com velas ao entorno. Coisa rara de se ver por aqui.
– É lindo, como achou?
– Minha prima trouxe a mim e a minha família aqui pra apresentar o marido, quando vi, me apaixonei. Eu sempre como aqui, é maravilhoso.
– Me surpreenda então – sorri, desafiando-o.
[...]
Terminamos de comer, faltando dez minutos para o fim do horário de almoço, o que não fazia muita diferença se atrasar ou não, já que estava junto ao chefe da empresa e então, Justin resolveu me levar para mais de perto do lago, onde pude perceber que as velas eram aromatizadas. Erva doce.
– Incrível Romeu, incrível mesmo.
– Romeu? E quem é a minha Julieta? – sorriu me abraçando pelo ombro.
– Vish, tem que procurar, acho que ela está perdida. – me esquivei, ficando de frente pra ele, cruzando os braços.
– Eu não acho isso.
– Eu também não, acho que ela fugiu de você.
– Fugiu? E por quê?
– Talvez por achar que não merecia seu amor, seu carinho... Sua doçura. – dei de ombros – Acontece. Enfim, vamos para o trabalho?
– Vamos – sorriu, me encarando fixamente.
Justin me abraçou pela cintura e saímos juntos, rumando o porshe. O caminho até a empresa foi silencioso, sem falas, apenas a música do Usher tocando suavemente. Justin estava pensativo, o que era de fato bom, o que o balançaria ainda mais a morte de Angeline, que por sinal, já devia ter acontecido.
Quando chegamos, havia uma grande poça se sangue bem de frente ao prédio, e várias pessoas em volta, perto de uma ambulância. Saí do carro imediatamente, checando-me se Mitchel estava lá, e estava, fingindo prestar assistência a pobre Angeline. Genial, simplesmente genial. Sorri fraco e virei-me para Justin, que parecia desesperado. Corremos para perto.
– AI MEU DEUS É A ANGELINE! O QUE HOUVE? – gritou o loiro, completamente atordoado.
– Eu sem querer a atropelei. Me desculpe meu carro perdeu o freio. Eu sou um monstro! – Mitchel fingiu remorso.
– E como ela está doutora? – perguntou ignorando o que Mitchel dissera.
– Infelizmente, ela está morta Senhor, ela se engasgou com o próprio sangue e morreu... Sinto muito!
Maravilhoso! Perfeito! Sabia que poderia contar com Mitchel, de longe, era umas dos melhores assassinas profissionais que conheço, e olha que eu conheço bastante. E olhe para o Justin, totalmente arrasado, o que era ainda melhor! Dessa vez eu tinha me superado, dessa vez, eu tinha me superado.
– Kath, vamos pra minha casa.
E assim, triste e quase chorando, Justin entrou em seu carro. Fiz um sinal discreto para Mitchel de “bom trabalho” e entrei em seu porshe, entrando no ambiente de tristeza e peso. O chefinho parecia mesmo abalado, o que era ainda melhor. Isso cheirava a culpa, a carência, e no fim de tudo, quem sabe, sexo? Afinal, nada melhor para desestressar, e se distrair.

Um comentário:

  1. AAAAAAAAAAAA OMGGGGG Eu sou a Mitchel gente, eu sou má, eu matei a guria HAHAHA
    Sua linda que faz fic linda, continue...

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