terça-feira, 9 de outubro de 2012

Capítulo IV – Ilha.


Acordamos por volta das dez horas da manhã, segunda-feira e com uma ressaca gigantesca. Vesti uma camiseta do Justin, e minha saia, enquanto o loiro tomava um banho gelado, que antes havia insistido que o tomasse com ele. Tomei esse tempo para olhar em volta e, para um garoto solteiro que mora sozinho, ele era bastante organizado e limpo, provavelmente teria uma empregada ou algo do tipo.
Olhando mais ao longo do apartamento, achei uma foto de uma mulher, não parecia ser muito mais velha, possuía olhos claros e cabelos castanhos.
- Linda né? Minha mãe. – ao ouvir a voz de Justin, virei-me, podendo ver seu tronco desnudo, e seu corpo coberto por uma cueca boxer, eu ainda não havia me acostumado a ver tudo aquilo sem roupa.
- Puxou sua mãe – sorri cumprimentando-o com um selinho.
- Quer ir pra algum lugar? – sorriu travesso.
- São dez horas da manhã, e é segunda. Não vamos trabalhar?
- Trabalho quando quero, e hoje quero sair contigo, o que acha? A gente passa na sua casa, e você pega suas roupas de banho.
- Posso levar uma amiga? – sorri animada.
- Acho que posso levar um amigo também – Justin sorriu, entendendo o que eu queria insinuar.

Chegamos a uma espécie de porto, por volta do meio dia. Estávamos em cinco, eu, Justin, Mitchel – uma amiga minha, e também assassina por sinal, Christian, um amigo loirinho de Justin, igual, se não mais malhado que ele – o que me surpreendeu bastante – e um moço moreno e bem alto, Justin havia me dito algo sobre ele ser o condutor. Justin me ajudou a subir no iate.
Ok eu já poderia me casar com esse cara.
- Boa escolha Kath – Mitchel disse com um sorriso malicioso, posteriormente puxada por Chris, pro lado contrário de onde estávamos. Justin e eu ficamos de imediato em silêncio, enquanto colocava duas espreguiçadeiras, lado a lado. Tirei minha saída de praia branca, deixando a mostra meu biquíni de cor forte a mostra. Justin me encarou de cima a baixo e eu ri, tirando um protetor da bolsa.
- Passa em mim?
O loiro não me respondeu, apenas pegou o protetor, passando do começo das minhas costas, passando pelo ombro e cintura, até chegar a minha bunda, passando com mais calma. Comecei a rir e me afastei, terminando de passar o protetor.
- Se aquiete menino! – disse ainda em meio ao riso. Corri meus olhos para onde Mitch estava, e lá estava ela, aos beijos com Chris. Arregalei os olhos e fiquei de costas pra eles.
- Viu? Eles entraram no clima, e a gente? – Justin disse, aproximando-se.
- A gente? Não sei. Mas eu vou nadar. – mandei um beijo pra ele, e apoiada na borda do iate, pulei no mar, mergulhando em seguida. Minha vontade era de voltar logo a superfície para ver a cara de todos, mas então, algo me puxou pela perna, e eu realmente entrei em desespero, posteriormente notando que era apenas Justin. Revoltada, o chutei e nadei até a superfície, levemente irritada.
- Seu idiota, poderia ter morrido! – disse brava, e então Justin me abraçou, beijando minha bochecha.
- Desculpa Kath – disse com voz de manha e eu sorri. – Vamos voltar, tive uma ideia.
Com um pouco de demora e dificuldade, subimos de volta a bordo do iate, Christian e Mitchel já haviam parado de se beijar – finalmente, e então Justin nos juntou com eles.
- Vamos jogar algo? Quem perder, tem que se jogar na água, e nadar nu, quem apoia?
Todos imediatamente olharam para Justin, meio que desacreditados, mas acabaram dando de ombros e concordando.
- Vai ser mímica! Falar algo, vai ter que pular nu! Sou o primeiro! – Justin disse, e começou a fazer um moonwalk, colocando a mão em seu membro e ficando na ponta do pé.
- Michael Jackson! – berrei animada, rindo bastante.
- Sim, sua vez Kath. – assenti e pensei no que fazer. Olhei para um ferro que havia no canto do navio e corri até ele, dançando e jogando meu corpo pra ele, sensualmente é claro, não é só porque era um jogo, que eu não usaria a oportunidade de seduzir Justin.
- Dançarina de pole dance! – Chris berrou todo animado. – Minha vez!
O loiro começou a girar em seu próprio eixo, fazendo todos nós fazermos caretas, tentando entender, mas era quase que impossível.
- Isso é... Um parafuso de relógio? – Justin perguntou, fazendo careta, mas Christian negou.
- Um bêbado? – Mitch arriscou, mas também errou.
- Um CD rodando?
- NÃO EU SOU UM LIQUIDIFICADOR! VOCÊS NÃO VEEM? – Chris berrou indignado, e todos olharam perversos para o garoto, que pareceu sacar só bem depois. – Não, eu não vou nadar nu! Sai daqui Jus...
Antes que Christian pudesse dizer algo, Justin puxou seu calção, deixando a bunda branca do garoto à mostra. Mitch e eu demos gritinhos e fechamos os olhos. Tudo cena, claro, mas todo cuidado seria ótimo. Vencido pela desistência, Christian arrancou a camiseta e pulou no mar, e só aí, Mitch e eu, voltamos a olhar, e bem na hora que o garoto foi mergulhar, mostrando novamente sua bunda branca. Justin começou a rir desesperadamente, e num momento de distração, o joguei para o mar. Mitch e eu nos entreolhamos, sentando lado a lado na espreguiçadeira.
- Eu te chamei aqui, porque preciso da sua ajuda – falei baixinho. – Eu preciso seduzir, casar e matar o Justin, e, preciso de apoio. Ele é muito querido, tem muitos admiradores e amigos. Preciso que prometa que vai me ajudar.
- Claro, e já entendi. Qualquer babaca que se meter em seus planos, quer que eu te ajude a matar?
- Exatamente. Como eu te amo, você é a única pessoa que sempre me ajudou. – sorri a Mitchel, que apenas retribuiu afinal, os meninos já estavam a bordo do iate.

Era por volta das sete horas da noite, e já estava ficando escuro. Eu estava praticamente dormindo no colo de Justin, que fazia cafuné em mim. Christian e Mitchel estavam conversando do outro lado do iate, pareciam se entender bem. Dei um longo suspiro e fitei Justin que sorriu pra mim.
- Já foi em alguma ilha?
- Nunca Justin...
- Me chama de Jus, você pode.
- Eu nunca fui numa ilha Jus – ri.
- E o que acha de um jantar em uma? Na verdade numa ilha que eu comprei. Topa?
Porshe roxo, iate, uma ilha, o que mais? Só falta esse garoto ser dono de uma das estrelas. De todos os meus casos, esse é o homem mais rico, bonito, gostoso, que teria de matar, e eu começava a pensar duramente nisso. Matar um homem desse porte seria até covardia. Uma desvantagem para o mundo, mas fazer o que né? O que é certo, é certo, mesmo nesse caso, parecendo errado. Eu cumpro ordens, e querido Justin, você tem que morrer! 

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